"Todos os devaneios que me vão na cabeça, que me foram da cabeça e que me hão-de vir até à cabeça. Todas as mentiras e verdades que me foram impostas, todas as torturas que eu vi. Todos os momentos; um principio de vida, o meu desnascer."
As coisas não têm nexo quando o extremismo chega a um ponto que não tem lógica. Seria abusador da parte de alguém achar que será preciso fazer o pino para ver quando tudo se encaixa?
Os “transformers” estão na moda, ele é filmes, ele é brinquedos, etc.
Não há muito tempo deparei com uma página repleta de gajas com um apêndice à frente. Minha mente começou a baralhar-se, ao ponto de ficar chocado com o que estava a ver. Aos quarenta e dois, achei eu, já ter visto tudo. Mentira, ainda há quem provoque a minha ira. Não o facto de “eles” terem mamas, mas logo me subiu à cabecita todo o tipo de transformações. Rapidamente comecei a enumera-los e a classificá-los. Os primeiros que me lembrei foram os lobisomens. Esses não saem todas as noites, só nas de lua cheia. São seres animalescos, que nas iluminadas noites se deliciam com a carne humana, e não só, que encontram por esse mundo fora.
Depois chegaram os vampiros. Com muita mais classe (aparente pelo menos), não se transformam, apenas saem à noite pois não o podem fazer de dia, correndo o risco de se evaporarem em fumo, o que não deve ser uma sensação equiparável, digamos, a um orgasmo por exemplo. Talvez tenha mais parecenças com agonia pura e dado este facto, sempre fugiram da luz, para consumirem humanos normais, sempre usando a sua perspicácia para enganar as suas presas.
Ora bem, chegou a altura de fazer toda a analogia inerente ao próprio título deste artigo e portanto explorar situações cómicas que daí possam advir.
Começamos pelos travestis. Esses não saem só à noite, é vê-los no Carnaval por toda a parte, são seres animalescos, na medida em que possuem características femininas, roupa e maquilhagem, mas ao mesmo tempo traços vincados (principalmente na área pélvica e por aí abaixo) da sua masculinidade. Sendo um exemplo a falta de aplicação de creme depilatório nas perninhas.
Já os (as?) Drag Queens, só saem de noite, e são reconhecíveis pelas suas parecenças (não vou dizer com mulheres) com o José Castelo Branco. Vestem-se com exuberantes vestidos, plumas, coroas e toda uma parafernália feminina, normalmente só vista em cabarets. Mas os (as?) Drag Queens são em certa medida muito parecidos(as?) com os vampiros.
Porquê? Porque também seguem o caminho do engano e da mentira para os seus propósitos.
Ora vejamos uma conversa entre um pessoa perfeitamente normal e uma aberração dessas:
Pessoa normal: "És Gay?"
Drag Queen: "Sou uma Drag Queen!"
P.N.: "Bolas... isso é ser Gay!"
D.G.: "Cada coisa no seu sítio... eu não sou homossexual, é apenas uma brincadeira, é
giro. Nada mais, eu tenho filhos e tudo!"
P.N.: "És um roto... e ainda por cima comes a tua mulher que é toda boa só para disfarçar, roubando a um heterossexual esse prazer!"
D.G.: "Epá.. não admito que me fales nesses termos! Dá cá um beijinho e vamos fazer
as pazes."
Neste momento o vampiro (Drag Queen) mandava a sua mordidela (beijoquinha) e
pronto... mais uma vítima.
Com tudo isto podemos então ter em conta que por muito que a humanidade mude,
sempre haverão transformistas prontos para sacar carninha fresca.